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André Mendes

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LADOS LADOS | Museu Oscar Niemeyer

Em “Lados Lados”, André Mendes nos convida a entrar em uma frequência que dissipa as noções mais elementares entre espaço e tempo, metafísico e material, real e imaginário.

Ao reafirmar sua pesquisa poética, interessada em criar ambientes ficcionais, o artista conduz o público a realidades paralelas de arquiteturas desprovidas de temporalidades e limites perceptíveis. Nelas, ele mostra que – entre desencantos e incertezas da vida – a arte cada vez mais tem fortalecido o indispensável estímulo ao sensível. Por meio dela, outras possibilidades de existência tornam as subjetividades possíveis e necessárias.

Com uma trajetória construída explorando abordagens tão díspares quanto a sinuosidade gestual do traço ao imaterial NFT, o artista revela de tal forma a polivalência no trânsito entre linguagens que a fluidez serve como metáfora para pensar nas obras que Mendes nos apresenta.

A fluência entre materiais resulta em obras de variadas dimensões, algumas forjadas na densidade do azul e outras na explosão cromática, todas assumindo vida própria sem perderem vínculos indissociáveis entre si. As narrativas são várias e uma só, contadas em camadas e traduzidas na porosidade que molda os suportes e os discursos.

Do desenho no papel saem linhas que se materializam em peças produzidas no metal, da superfície plana da pintura objetos tridimensionais ganham existência. São lados da mesma face. Entre o onírico e a realidade, abrem-se fendas que diluem as certezas, dando vazão ao afeto, ao sonho e ao encantamento tão necessários nos dias atuais.

A Estética, desde sua fundação como disciplina, tem se aprofundado, entre outros temas, nos estudos que relacionam a forma e o conteúdo das obras. Ao tomar tais princípios elementares como instrumentos de observação, é possível perceber que André deu preponderância ao desenho na estrutura de seu projeto de investigação. Avançou então para outros meios, como a gravura, a pintura em diferentes suportes, a escultura em distintos materiais, a videoarte, a instalação, a performance até chegar ao novíssimo, NFT, token não fungível, sendo a sua obra a primeira neste meio digital a ser ex- posta no MON.

Mendes, desde muito cedo, foi exposto a diferentes estímulos sensoriais pela mãe e pelo pai, bem como incentivado a estudar desenho e encorajado a conviver em variados ambientes culturais. Desde aquele momento lhe chamava a atenção a arquitetura dos lugares.

Considerando que a poética dos artistas é solidamente resultado das vivências que os constituem como seres, talvez não seja equivocado afirmar que tais experiências nas fases iniciais de vida repercutiram na centralidade que o tempo e o espaço tomaram na pesquisa do artista.

Na entrada, o público é recebido por um mural de grande formato que concilia aspectos formais e conceituais que perpassam sua produção nas suas duas décadas de atuação. Nesse ambiente, o desenho aparece não essencialmente como projeto das pinturas, mas surge como um recurso subliminar que atravessa o procedimento artístico e alcança resultado na formulação das espacialidades ficcionais propostas por ele.

No segundo ambiente, estruturado como uma instalação, encontram-se obras recentes que enfatizam a fluidez como um conceito presente na trajetória do artista. O manejo de diferentes meios e suportes articula diálogos entre os trabalhos, renovando os questionamentos balizadores da produção de Mendes. A figura oval, recorrente nas pinturas, já havia saído da superfície plana da tela em outras obras, como em “Horizontes de Evento”, quando surgiu em resina vegetal na cor preta. Agora ganha nova modulação tridimensional em chassi coberto por uma tela matizada nos tons azuis, a mesma cor utilizada em outros trabalhos que dão vida ao elemento reincidente. Concebida como um quadro, na nova aparência, a obra está encostada na parede, provocando um jogo de sombras, tal qual o artista concebe nas pinturas que retratam suas arquiteturas fabulares.

Em “Antes do Fim”, o artista também retira de seus desenhos e pinturas os objetos que formaram uma instalação no espaço do Centro Cultural Cloître des Billettes, em Paris, em 2018.

Na mostra “Ainda não”, ocorrida na Matèria Galeria, em Roma, em 2019, a forma oval foi apresentada em grandes dimensões, pintada de amarelo e vermelho, criando um túnel pelo qual o público era conduzido a passar.

Assim como nessas exposições individuais, agora o artista reitera a fluidez dos deslocamentos de unidades que compõem seus trabalhos, versando-as em outras possibilidades de leitura da sua poética. As linhas que dão forma a rostos estão na mostra em duas esculturas produzidas no metal, mas já compuseram gravuras, desenhos e fizeram parte do Wander Art, projeto em que o artista foi convidado a fazer um mural em um prédio londrino.

No último ambiente, uma síntese da trajetória de André Mendes é composta por obras realizadas em períodos anteriores, apresentadas com o objetivo de oferecer subsídios para uma melhor percepção de como a pesquisa do artista segue coesa nos dias atuais. Dessa forma, buscam-se identificar pontos de convergência nas questões discutidas no transcurso de sua carreira. Os ingredientes formais trabalhados em distintas possibilidades, suas influências mais diretas vistas em desenhos, pinturas e gravuras das fases iniciais, bem como a maneira como suas análises sobre a ocupação espacial e temporal são tecidas na escrita de suas narrativas ali são encontrados de modo anacrônico e sem pretensões de uma retrospectiva.

André Mendes divide nesta mostra mais uma vez com o público sua maneira de compreender, estar, sentir e ver o mundo, percepção que vem criando sólidas conexões e ainda terá muito a oferecer, contribuindo para o desenvolvimento do campo artístico.

Nei Vargas | Curador

In “Lados Lados” (“Sides Sides”), André Mendes invites us to enter a frequency that dissipates the most elementary notions of space and time, metaphysical and material, real and imaginary.

By reaffirming his poetic research, interested in creating fictional environments, the artist leads the public to parallel realities of architectures devoid of temporalities and perceptible limits.

In this way, he shows that – between the disenchantments and uncertainties of life – art has increasingly strengthened itself with the indispensable stimulus to sensitivity. Through it, other possibilities of existence make subjectivities possible and necessary.

With a path built on exploring approaches as disparate as the gestural sinuosity of the trace to the immaterial NFT, the artist exposes the versatility in the transit between languages in such a way that fluidity serves as a metaphor for thinking about the works that Mendes presents to us.

The fluency between materials results in works of various dimensions and some forged in the density of blue and others in the chromatic explosion, all becoming alive without losing inseparable links between them. The narratives are many and one; all told in layers and translated into the porosity that shapes the supports and discourses.

From the drawing on paper, lines materialize into pieces produced in metal, from the flat surface of the painting three-dimensional objects come into existence, being sides of the same face. Between the dream and reality, cracks are opened that dilute certainties, giving vent to affection, dream and enchantment so necessary today.

Aesthetics, since its foundation as a discipline, has delved into, among other topics, studies that relate the form and content of works. By taking these elementary principles as instruments of observation, it is possible to perceive that André gave preponderance to drawing in the structure of his research project. He then moved on to other media, such as engraving, painting on different supports, sculpture in different materials, video art, installation, performance until reaching the brand new NFT, a non-fungible token, and his work being the first in this digital mean to be exhibited at MON.

Mendes, from a very early age, was exposed to different sensory stimuli by his mother and father, as well as encouraged to study drawing and live in different cultural environments. From that moment on, the architecture of the places caught his attention. Considering that the poetics of the artists is solidly the result of the experiences that constitute them as beings, it may not be wrong to say that such experiences in the early stages of life had repercussions on the centrality that time and space took on in the artist’s research.

At the entrance, the public is greeted by a large-format mural that reconciles formal and conceptual aspects that permeate its production in its two decades of operation. In this environment, the drawing appears not essentially as a project for the paintings, but appears as a subliminal resource that crosses the artistic procedure and achieves results in the formulation of the fictional spatialities proposed by the work.

In the second environment, structured as an installation, there are recent works emphasizing fluidity as a concept present in the artist’s trajectory. The different media and supports articulate dialogues between the works, renewing the guiding questions of Mendes’ production. The oval figure, recurrent in the paintings, emerged from the flat surface of the canvas in other works, such as in “Horizontes de Evento” (“Event Horizons”), when it appeared in black vegetable resin. Now it gains new three-dimensional modulation in a chassis covered by a canvas tinted in blue tones – the same color used in other works that give life to the repeating element. Conceived as a painting, in the new appearance, the work is leaning against the wall, provoking a game of shadows, conceived in the artist’s paintings that portray his fabled architectures.

In “Antes do Fim” (“Before the End”), the artist also takes from his drawings and paintings the objects of an installation in the space of the Cloître des Billettes Cultural Center, in Paris, in 2018. In the exhibition “Ainda não” (“Not Yet”), held at the Matéria Gallery, in Rome, in 2019, the oval shape was presented in large dimensions, painted in yellow and red, creating a tunnel through which the public was led to pass. As in these individual exhibitions, the artist reiterates the fluidity of the displacements of units that make up his works, turning them into other possibilities of reading his poetics. The lines that give shape to faces are on show in two sculptures produced in metal, but they have already composed engravings, drawings and were part of Wander Art, a project in which the artist was invited to make a mural in a London building.

In the last environment, a synthesis of André Mendes’ trajectory is composed of previous works, with the aim of offering subsidies for a better perception of how the artist’s research remains cohesive today. In this way, we seek to identify points of convergence in the issues discussed in his career. The formal ingredients worked in different possibilities, their most direct influences seen in drawings, paintings and engravings from the early stages, as well as the way in which his analyzes of spatial and temporal occupation are woven into the writing of his narratives are found there in an anachronistic way and without pretensions of a retrospective.

André Mendes once again shares with the public his way of understanding, being, feeling and seeing the world in this exhibition, a perception that creates solid connections and will have much to offer, contributing to the development of the artistic field.

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L U G A R

LUGAR

Um menir, um ovo de ouro bramânico, uma pedra filosofal sonhada pelo alquimista. A forma azul que em silêncio nos convida a adentrar a exposição Lugar do artista André Mendes, evoca a relação oculta que os totens tecem com a gravidade. Mas qual é este Lugar no qual ela repousa?

A luz revela o palco metafisico que se projeta na direção do espectador e sem cerimônias instiga o caminhar no desconhecido. A escala da pintura acolhe o olhar assim como as pinceladas que autorizam cada objeto na cena a cultivarem sua tridimensionalidade. O corpo com prudência busca pistas que lhe sirvam de guia nesta jornada, como um eremita que se orienta pelo pulsar do coração. O Lugar é um lugar da matéria.

Repare que as pinturas generosamente nos presenteiam com portas que podem servir de entrada e de saída. São um elemento reconhecível que nos da boas-vindas ou se despedem de nós com um até logo. A porta se apresenta como o arco de um templo evanescente, como a espiral de uma caverna escura, como a passagem em uma casa conhecida. E cabe a cada corpo desvendar se o que lhe impulsiona ali é um movimento de chegada ou de partida. Ou ainda, se o corpo, ao atravessar a porta, seguirá voltando de novo e de novo para o mesmo lugar. O mesmo Lugar.

Uma semente, uma língua, um estame, um óvulo. A matéria vermelha adentra o Lugar e responde à suspensão do tempo. Algumas formas se mantêm estáticas como monges em meditação profunda, outras simulam a explosão primordial do Big Bang ou se dobram em um ativar da fáscia; outras ainda flutuam no éter sem nunca abdicar da integridade que compõe este corpo-universo. Metafisico ou astronômico, psíquico ou fisiológico, o micro do sangue correndo nas veias ou o macro de um corpo celeste navegando o cosmos. A teosofia de Blavatsky ecoa no mesmo espaço-tempo que a sala vermelha do agente Cooper e a arquitetura misteriosa das praças de De Chirico.

Nas telas que compõem a exposição Lugar, as esculturas que antes experimentavam o espaço como um tempo performático com começo, meio e fim, materializam na pintura o seu próprio lugar. Luz e sombra produzem figuras que se movimentam como um corpo biológico, sussurram narrativas, festejam o nascimento. E assim criam um Lugar, no qual o presente é celebrado como o tempo cristalino da criação.

Vivian Villanova

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Wander Art | Face to Face

Wander Art

London’s largest outdoor gallery

Spanning the neighbourhoods of Mayfair and Belgravia, Wander Art showcases some of the most exciting and innovative outdoor art installations from 12 world renowned artists.

The Wander Art trail is a unique way to explore and enjoy London outdoors.

Curated by Alter-Projects, the series of artworks was created by local, national and international artists and designers.

The public art projects range from murals and street furniture to large-scale urban interventions, spread out across the central London neighbourhoods.

Face to Face

A continuous line travels along the wall and gradually it is possible to perceive an eye, nose, mouth and the silhouette of a face, two faces, or is it the same face from different angles? For those who are familiar with previous works of the Brazilian artist André Mendes, it is not difficult to recognize the characteristics of his trait and colors. In this work of approximately 8,5 meters high we have different possibilities of interpretation depending on the observer's point of view. The yellow and red rounded forms reinforce the idea of three-dimensionality, representing gravity and spatiality, the ground and the sky polarity, bringing movement, tension and depth. We invite you to turn this corner, walk around and look from different distances and perspectives to dive in this mural experience.

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Wander Art | Face to Face

Ainda Não | Matèria Gallery | Roma | 2019

Through the fluid use of different mediums and the testing of their limitations, André Mendes undertakes a process of occupation and appropriation of the gallery space – from the 5th of June onwards in preparation to the exhibition opening – during which an open door policy will allow visitors passing through the San Lorenzo neighbourhood to interact with and witness the production of his exhibition, set to radically take over and redefine Matèria’s spaces.

Ainda não (Not yet) is the condensation of creative chaos and its formal remedy, a testament to the ephemeral nature of Mendes’ outlook on artistic research and production. Given carte blanche by the gallery, the artist brings both aspects together in a collision of approaches where installation, sculpture, painting and drawing reframe our understanding of what is traditionally expected of a gallery exhibition; highlighting the gap between what we understand as finished – ready to travel from the artist studio to the gallery – and what this choice detracts from the organic connivance of ideas, intuition and materials.

The exhibition expands upon Matèria’s core mission - reiterating the themes that define the gallery - by proposing a clear challenge to the contemporary understanding of the commercial space through the commitment to a far more open exhibition model, prone to unexpected results, creative freedom and its resulting errors and surprises. This chosen direction stems in opposition to the diminishing range for experimentation opportunities for artists within the commercial gallery sector; a noticeable shift imposed by an ever-demanding overcrowded market, defined by strict competition models, scarcity of opportunity and rigid aesthetic requirements.

Exhibition in collaboration with Ricardo Fernandes Gallery

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ESTADO | Galeria Zilda Fraletti

ESTADO, individual de André Mendes

A motivação para a mudança de estado dá margem à prospecção. Em sua série anterior - Antes do fim -, André Mendes explorava seu trabalho por meio da ressignificação de seus módulos tridimensionais considerando a arquitetura dos lugares onde os expunha. Nela, questionava se a mutação de sua produção poderia cessar em razão das possibilidades de ativação dos trabalhos em relação ao espaço e ao espectador, à medida que tais mudanças se desenrolavam durante o período das três exposições que abrigaram a pesquisa.

Neste novo capítulo, o artista, em grande parte dos trabalhos, investiga como formas - que aludem aos seus módulos tridimensionais - podem se portar no espaço pictórico da tela: uma superfície retangular, plana e naturalmente cômoda. Esse defeito do retângulo faz com que a pintura seja previsivelmente fixada à parede e aprisione qualquer coisa que esteja dentro da área que a pertence: tudo é organizado segundo o regime do plano. Entretanto, mesmo sob essa condição - e usando-a em seu favor - a pintura de André é contagiada por um pensamento escultórico pela criação dessas formas que convivem com elementos arquitetônicos, escalas, suportes e estruturas, à medida que as fazem transitar entre o estático e o enérgico dentro do “confinamento”.

Ao mesmo tempo, o artista ainda vê a necessidade em incluir trabalhos tridimensionais como em Antes do fim, que, assim como nas pinturas, provocam variações do estado da matéria durante a criação, aqui presentes na espuma expansiva e na técnica de encáustica  - cujas composições químicas são capazes de sofrer drásticas alterações em um curto espaço de tempo em função de agentes externos ao longo do processo. Essa experimentação entre o modo do fazer e a matéria é visível na trajetória do artista como um diálogo, um movimento constante e exploratório entre a pintura e a escultura, consideradas “continentes” por Donald Judd em Objetos Específicos (1963), mas que acontecem como intercâmbio na prática de André juntamente com o desenho.  

Tanto “continente” como  “estado” - este sendo o nome desta série - são termos ambivalentes para significar coisas que em um primeiro pensamento não assimilamos. Embora essa conexão seja nebulosa, a leitura desta palavra-título remete a reações de ordens aparentemente distintas - históricas, físicas, políticas, químicas. O trabalho de André mistura não somente as linguagens próprias da arte para falar de “estado”, mas também se estende à esta ampla gama de discursos. Absolutamente tudo está sujeito à mudança de estado, revirado por forças que transitam entre a estaticidade e a energia - a questão é saber de onde elas vem e para onde nos levarão. Ou até que ponto tem o poder para tal.

Marina Ramos

Novembro de 2018


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 A pintura em encáustica é feita com cera de abelha e terebintina natural. Técnica milenar de ótima durabilidade.

A pintura em encáustica é feita com cera de abelha e terebintina natural. Técnica milenar de ótima durabilidade.

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Antes do Fim | Paris | 2018

Um espaço somente é real, após a experiência do reconhecimento. Durante este processo, somos confrontados com todos os fatoresque de forma abstrata, o darão vida: pensamentos, expressões, sentimentos, materiais, mesclando-se diariamente, criando ao nossoderredor aquilo que podemos denominar de espaço privado ou público, que se torna real após o desenvolvimento do convívio.Posteriormente, este espaço vem a tornar-se também histórico, através do acúmulo de acontecimentos, carregando consigo toda acarga de um lugar que ocupa e registra detalhes de nossa presença, através do tempo.

Numa primeira exposição individual do artista brasileiro André Mendes em Paris, o artista desenvolve um processo de apropriaçãodo espaço, dedicando-se a analisar cada detalhe dessa ocupação visual e plástica, num prédio antigo do período Medieval. O artista transforma o espaço do Centro Cultural Cloître des Billettes, localizado no coração de Paris, num cenário de diálogo entre o passado e o presente. Os diversos materiais utilizados na exposição, criam uma releitura de formas e funções, gerando experimentos e influenciando de forma positiva nossa visita e nossa relação com o monumento histórico.

É com grande prazer que apresentamos a primeira individual de André Mendes em Paris, na certeza de que aarte contemporânea nos propõe um profundo debate com a nossa própria história, desmistificandosensações visuais que se acumulam e sugerindo o retorno à essência de nosso ser, à compreensão da riquezade nossa diversidade.

Ricardo Fernandes

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Antes do Fim | Ponto de Fuga | 2018

Uma pesquisa nunca é linear.

Apesar de tentarmos nos convencer do contrário, de que o primeiro ponto desenhado encontrará o segundo, práticas artísticas demonstram que tal precisão só existe enquanto ideal. O trabalho de André Mendes assume a imprecisão que permeia as práticas, e promove encontros e experiências entre técnicas e linguagens. A maleabilidade da forma vem de encontro com o gesto que direciona a investigação com os materiais. A materialidade dos trabalhos ganha novas configurações por meio de montagens que procuram dialogar com o espaço em que se inserem.É por isso que, Antes do fm reflete sobre o processo e as possibilidades do inacabado com trabalhos que, apesar de não serem inéditos, surgem como novidade na forma em que existem nesta sala. A Galeria Ponto de Fuga abre as portas para o trânsito do público entre objetos e cores, um convite para relacionar-se mais de perto com o corpo da pintura e o desenho.

Milena Costa


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Antes do Fim | Tijucão Cultural | 2016

Esta foi a primeira exposição da série “Antes do Fim” uma investigação que provóca a gravidade e dialoga com o espaço.

Uma pesquisa nunca é linear.

Apesar de tentarmos nos convencer do contrário, de que o primeiro ponto desenhado encontrará o segundo, práticas artísticas demonstram que tal precisão só existe enquanto ideal. O trabalho de André Mendes assume a imprecisão que permeia as práticas, e promove encontros e experiências entre técnicas e linguagens. A maleabilidade da forma vem de encontro com o gesto que direciona a investigação com os materiais. A materialidade dos trabalhos ganha novas configurações por meio de montagens que procuram dialogar com o espaço em que se inserem. É por isso que, Antes do fim reflete sobre o processo e as possibilidades do inacabado com trabalhos que, apesar de não serem inéditos, surgem como novidade na forma em que existem nesta sala. A Galeria Ponto de Fuga abre as portas para o trânsito do público entre objetos e cores, um convite para relacionar-se mais de perto com o corpo da pintura e o desenho.

Milena Costa
Texto escrito para exposição “Antes do Fim” realizada posteriormente na galeria Ponto de Fulga.

Fotos Registro Exposição: Antonio Wolff
Retratos Processo: Gero Hoffmann

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Taksu Gallery | Singapura 2016

Nasi Campur International / Taksu Gallery Singapore

TAKSU Singapore presents ‘Nasi Campur International’, uma coletiva com a participação de Andre Mendes (Brasil), Joe Fleming (Canada), Hanh (Indonesia), Fadilah Karim (Malaysia), Fauzulyusri (Malaysia), Khairul Izham (Malaysia), Norberto Roldan (Philippines), Marc Aran C. Reyes (Philippines), Lindslee (Philippines), Michael Downs (UK), Deborah Loh (Singapore), de 14 Jan a 7 Feb 2016.

TAKSU Singapore is proud to present ‘Nasi Campur International’, a group exhibition by Andre Mendes (Brazil), Joe Fleming (Canada), Hanh (Indonesia), Fadilah Karim (Malaysia), Fauzulyusri (Malaysia), Khairul Izham (Malaysia), Norberto Roldan (Philippines), Marc Aran C. Reyes (Philippines), Lindslee (Philippines), Michael Downs (UK), Deborah Loh (Singapore), from 14 Jan till 7 Feb 2016.

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Tropikos | Bangkok | Thailand

Exposição coletiva Brasil + Tailândi

André Mendes, Fernando Franciosi e Juan Parada
Chalit Nakpawan, Torlarp Larpjaroensook e Jackkrit Anatakul

Exposição Coletiva, Brasil + Tailândia

André Mendes, Fernando Franciosi, Juan Parada, Chalit Nakpawan, Jackkrit Anatakul e Torlarp Larpjaroensook.

(PORT) Trópicos, mais que geografia, uma conexão entre dois mundos.

Exposição “Tropikos” no Hof Art Space em Banguecoque, dos brasileiros André Mendes, Fernando Franciosi e Juan Parada com os tailandeses Chalit Nakpawan, Jackkrit Anatakul e Torlarp Larpjaroensook. A partir do conceito da exposição de arte, buscamos estudar as similaridades entre os dois povos enquanto estivemos na Tailândia, podendo realizar um esboço que unifica esses dois países que em sua geografia ficam tão distantes um do outro.

Tropikos: more than geography, a connection between two worlds.

(ENG) Exhibition "Tropikos" at Hof Art Space em Bangkok of the Brazilian artists André Mendes, Fernando Franciosi and Juan Parada with the Thai artists Chalit Nakpawan, Jackkrit Anatakul and Torlarp Larpjaroensook.

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VIDEO "Tropikos"

Video by: bemteviproducoes.com.br
Direção, câmera e edição / Direction, camera and edition: Lara Jacoski e Patrick Belem

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 A curadora Linjie Zhou com os artistas Brasileiros André Mendes, Fernando Franciosi, Juan Parada e os artistas tailandeses Jackkrit Anatakul e Torlarp Larpjaroensook

A curadora Linjie Zhou com os artistas Brasileiros André Mendes, Fernando Franciosi, Juan Parada e os artistas tailandeses Jackkrit Anatakul e Torlarp Larpjaroensook

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 Embaixador do Brasil na Tailândia na cerimonia de abertura da exposição.

Embaixador do Brasil na Tailândia na cerimonia de abertura da exposição.

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Curto Circuito

Idealizado por um grupo de artistas visuais residentes em Curitiba, o Curto Circuito é um convite para seguir um pequeno roteiro de visitas entre ateliês.

A ideia surgiu a partir da necessidade de criar um ambiente mais aberto para a prática e a reflexão artística, uma libertação para o exercício criativo.

É um projeto coletivo ao ponto em que todos estarão ali experimentando, se ajudando, formando a partir deste movimento um circuito catalisador de experiências de conexão e abrindo uma fresta por onde poderá ser vista uma produção nova ou ainda não formada.

Uma maneira privilegiada de conhecer a produção dos artistas.

Acreditamos que a exposição de arte, da forma como é tradicionalmente conhecida, não é a única maneira de se apresentar um trabalho, por isso a idéia propõe atividades mutantes, maleáveis e interdisciplinares, podendo mostrar algo entre a obra e seus processos, percorrendo os limites entre o que é público e privado na arte contemporânea.

fotos: Solomon R. Plaza

www.facebook.com/curtocircuitoatelies

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ESPACIAL

André Mendes transformou este espaço em seu atelier logo após o encerramento da exposição Deforma, no final do ano passado, que reuniu artistas plásticos, ilustradores e designers e se propunha a desmistificar tais aproximações. Sabendo que não poderia permanecer por muito tempo no local transformou-o numa residência artística por seis meses, intensificando sua produção e direcionando-a ao que agora se configura como essa mostra individual, Espacial.

O trabalho de André Mendes encerra aqui um ciclo de produção. A sua linguagem pictórica transforma a concepção de desenho em meio expressivo, indo dos gestos rápidos contínuos que o desenho permite, transpondo-os às telas por suas pinceladas, até sua dimensão mais ampla – o desenho como projeto. André absorveu de seus períodos de estudos em Barcelona as noções que colocam o dibujo (esboço) e diseño (projeto) como parte de um mesmo procedimento artístico primordial – finalizar os trabalhos mantendo as condições de irrealizado, com aspectos de esboço e caráter de projeto, mas que nos sugere um movimento perpétuo.

O espaço tomado a partir dos pigmentos em resina parece querer mergulhar tudo ao seu redor, como uma pintura tóxica que flerta com a tridimensionalidade escultórica e tudo quer tocar, invadir, sem limites de expansão. A saturação não é apenas saturação de cor, é saturação de caos – a resina mergulha sobre a tela e se expande com o acaso do caos, que o pintor procura controlar, mesmo sabendo que seu controle reside entre uma ponta e outra do impacto gerado pela resina com a superfície do tecido da tela. André inclui o acaso no entre a superfície da tela e o gesto pictórico.

As pinturas colocam o espectador diante do material saturado e aparentemente maleável, sugerindo movimento, mas um movimento impossível – a resina catalisada já não mais se movimentará. Os campos de cores, já vibráteis em suas pinturas que seguem as lógicas gestuais do desenho, se transformam no próprio chassis dos trabalhos. O artista não sente mais a necessidade de desaparecer com a tela, como em trabalhos anteriores com o mesmo processo de pigmento e resina, mas evidencia seu transbordamento. Em expansão contínua, são imersões na tela que carregam o desejo de transbordar também para as outras superfícies do mundo ao redor – escultórico e arquitetônico.

Nesta exposição vemos também um caminho de trabalhos que o levam para fora do delineamento da tela, ampliando-se às paredes do próprio atelier, que realizam o desejo de imergir o que está ao seu redor, por não haver mais ao redor, e chegam às maquetes – transbordamentos em potencial que se realizam também enquanto projeto e provocam o espectador a se ver novamente imerso, em distintas situações, tal como se vê na sala anterior, tomado por superfícies e se tornando com elas parte do trabalho.

 

Arthur do Carmo

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Elementares | MAC - PR

PINTURAS 2012

Exposição coletiva de André Mendes e Fernando Franciosi / Museu de Arte Contemporânea do Paraná / Curitiba – Brasil

Parte da plasticidade da tinta e seu comportamento – a maneira que esta se acomoda e se adensa é que lhe interessa –, e transmuta essa experiência para outro corpo, capaz de cristalizar a forma, o matiz e a densidade da tinta. Assim André Mendes busca a forma que surge da viscosidade plástica que carrega a cor, e nos apresenta objetos sedutores que tem a mesma aparência orgânica da tinta, e que nada guardam do gesto e do tempo, mas que os solidifica, de tal maneira que revigoram a discussão desenho x pintura. O impulso criativo de André nestes trabalhos pode ser traduzido pelas palavras de Cezzáne,“realizada a cor em sua riqueza a forma surge em sua plenitude”. Na insistência do acaso encontra o controle da cor na superfície impecável.

 

Deborah Bruel

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VIDEO | Processo André Mendes

SNAI - Itajaí

SNAI 2013

Participação no XIII 13o SNAI, Salão Nacional de Artes de Itajaí – 2013 /  Brasil

“Natureza”
André Mendes 2013
220×120 cm
Tinta acrílica sobre maderite

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Video | Registro da obra

André Mendes

2013

“Natureza”

13° SNAI | Salão Nacional de Artes de Itajaí

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ColorFlow | Barcelona 2012

O contato com os últimos trabalhos de Andre Mendes surpreendem o espectador quando suas diversas massas de cores criam um espaço habitado por pinceladas, espaços flutuantes em que as diversas camadas se sobrepõem criando uma campo de imersão ao espectador. As cores fortes e intensas criam uma dinâmica intensa no olhar de quem se atem diante das pinturas. É difícil distinguir o que vem antes e o que vem depois, porém é este vai e vem do olhar que prende o interlocutor e cria uma situação imersiva. Neste emaranhado de pinceladas e camadas de tinta os olhos enchem-se de situações imagináveis, mundos se abrem aos olhos diante de suas pinturas.

Suas escolhas de cores e gestos demonstram o trabalho desenvolvido pelos anos de atelier e nos remete a grandes clássicos da pintura, sem nos iludir pelas referencias, sua particularidade está bem marcada pelos gestos, paleta de cores e as referencias imagéticas contemporâneas, a arte está em seu trabalho como seu trabalho está na arte. Suas pinturas apontam um encaminhamento para a pintura contemporânea.


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Teaser Colorflow | Exposição Coletiva dos artistas André Mendes e Rimon Guimarães | Galeria RAS | Barcelona 2012
COLOR-FLOW / RIM + ANDRE MENDES

video by Luan Banzai

Carambolage

CARAMBOLAGE
Exposição de Arte Contemporânea

Adylles Jacomélli
André Mendes
Angelo Luz
Anne Marie Sampaio
Bruno Oliveira
Iuri Kato
Samuel Dickow
Willian Santos

 

Debate

Arte contemporânea e contexto local
com Stephanie Dahn Batista e Geraldo Leão.

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Desconstrução 2009

DESCONSTRUÇÃO 2009

Espaço Cultural BRDE / Curitiba – Brasil

Em um mundo em que a informação ultrapassa limites é de crucial importância prestarmos muita atenção à veloz assimilação formal, estilística e pictórica que vem sendo apresentada por parte de alguns talentosos novos artistas visuais que surgem no meio artístico. É um caso destacado o de André Mendes.

Para mim, um dos aspectos mais interessantes de seu trabalho, quando visto integralmente, é a despretensiosa afirmação da tradição nascida genuinamente de uma espécie de liberdade quase sarcástica do artista na direção e no uso hábil do ofício de pintor e desenhista. Para ter uma idéia da impressionante habilidade de André, basta lembrar seus mais de vinte murais públicos e privados, executados com a competência de um Poty, em cerâmica e técnicas industriais novas que ele mesmo cria e desenvolve. Perceptivo e receptivo à massificada codificação de estilos e métodos específicos que encontramos e podemos dispor do mundo da pintura hoje, André tem uma imensa facilidade com o desenho e com a manipulação e organização de elementos compositivos, o que a meu ver, lhe permite uma espécie de uso “deliberado” da linguagem pictórica, um procedimento natural que se mostra no limite entre o compromisso da pesquisa e a experiência estética “pura”.

Objeto de necessária e particular atenção ao eventual pesquisador do trabalho de André Mendes é o caráter da trajetória que ele vem desenvolvendo como profissional. Vindo de uma formação em design gráfico, ao mesmo tempo em que participa do talentoso e conhecido grupo curitibano de artistas Interlux Arte Livre, onde se envolve experimentalmente em ações das mais variadas espécies, André mantém por outro lado, uma versátil proximidade com a obra de Poty Lazarotto, com o trabalho do pintor Jair Mendes e com a pintura de mestres e artistas estruturais da história da arte moderna, como Picasso, Matisse, Miró e Tápies. Considerando sua idade, e seu percurso de trabalho ainda recente e em plena formação, é impressionante observar a capacidade de percepção visual – o chamado “olho” para a pintura – que André já adquiriu. Seu olhar conhece e reconhece muito bem boa parte da extensa tradição pictórica moderna, inclusive provocativamente melhor que muitos artistas experientes e reconhecidos no meio artístico. A sua proximidade com a arte desde a infância, ou talvez os seus períodos de residência em vários países do exterior, como Espanha, França e Australia, ou ainda as viajens à Europa onde conheceu ao vivo, por exemplo, a obra de Tápies, que é um dos artistas que mais lhe agrada atualmente, devem sem dúvida ter e estar lhe contribuindo muito favoravelmente na sua formação como artista.

Mas André, contudo, não é, a julgar por suas habilidades e facilidades com a forma – para nossa sorte como expectadores – um artista cômodo, pelo contrário, ele é inquieto, ativo, apreensivo, qualidades, a meu ver, que todo bom artista tem. E por estar em pleno amadurecimento dessas qualidades e conseguir perceber bem isso, apresenta trabalhos específicos que começam a significar para ele uma espécie de libertação formal, o que ocasionalmente vem chamando de desconstrução. Há nestes trabalhos, relativamente à sua produção anterior, uma certa variedade de caminhos, uma busca natural ainda aberta com relação ao direcionamento da pesquisa, mas há também uma convicta e corajosa decisão em buscar uma problematização formal que consiga desequilibrar a ordem na habilidosa resolução de seus trabalhos anteriores determinada pelo seu domínio técnico e formal que agora começa a identificar – o que mostra seu crescente e veloz amadurecimento – como um desafio a ser enfrentado.

No impasse entre o equilíbrio e o abandono, na fixação e no rompimento dos limites do quadrante, na disposição e indisposição das formas e cores, os trabalhos recentes de André vêm nos apresentando o caráter de pesquisa essencial a toda verdadeira obra de um íntegro artista, e a meu ver, não só vale muitíssimo à pena apreciar sua arte e seu talento, como nos enobrece, como expectadores, o seu merecido reconhecimento.

Tony Camargo / artista plástico

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